terça-feira, 21 de junho de 2011

ROUBALHEIRA NO PALMEIRAS

Documentos públicos mostram que o Palmeiras resgatou R$ 1.178.637,03 de uma conta destinada a depósitos referentes a tributos discutidos na Justiça. Porém, a contabilidade palmeirense registra a entrada no clube de R$ 888.104,22. Não está documentado o ingresso dos R$ 290.532,81 restantes.

A recuperação dos tributos foi autorizada pela Justiça depois de o Palmeiras ganhar as causas. O clube autorizou o então conselheiro e advogado Pedro Jorge Renzo de Carvalho a levantar o dinheiro e fazer a transferência para uma conta alviverde.

No dia 29 de setembro de 2010, com autorização do Palmeiras, Renzo fez o levantamento de três guias na 5ª Vara Cível para recuperar o dinheiro em nome do clube. Eram três valores diferentes: R$ 1.049.038,04 (imagem 1), R$ 11.410,06 (imagem 2) e R$ 109.031,38 (imagem 3). Essas quantias passaram por atualização monetária.

“Todo dinheiro que fui autorizado a levantar pelo Palmeiras eu internei no clube. Não faltou nada. Agora, não trabalho na contabilidade do Palmeiras, não sei o que eles fizeram lá. Não tinha ouvido falar nessa diferença. O que importa é que coloquei tudo no clube, não faltou um centavo”, disse Renzo ao blog.

Ele descartou a possibilidade de a diferença ser referente a seus honorários como advogado. “Naquela época, eu era conselheiro, não poderia trabalhar como advogado do clube. Não cobrei nada”, afirmou. Hoje, fora do Conselho, Renzo é um dos advogados palmeirenses. É o mais ligado ao presidente Arnaldo Tirone.

O Palmeiras tinha outro advogado no caso, mas ele saiu antes da entrada de Renzo e resgatou parte do dinheiro na Caixa como honorários.

Não tenho motivos para duvidar das afirmações de Renzo. Cabe ao Palmeiras revirar sua contabilidade e achar o dinheiro. Os R$ 290,5 mil seriam suficientes, por exemplo, para pagar 17 meses

de salário do recém contratado Paulo Henrique (R$ 17 mil mensais). Vale lembrar que o Palmeiras ainda tem valores referentes a tributos para serem resgatados.

Veja as cópias das guias que autorizaram a retirada do dinheiro.




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